https://www.revistatransportes.org.br/anpet/issue/feed Transportes 2025-06-13T10:11:00-03:00 Assistência Editorial secretaria.transportes@anpet.org.br Open Journal Systems <p><strong>Sobre a Transportes </strong></p> <blockquote> <p><strong>Transportes</strong> <span style="font-weight: 400;">é o periódico oficial da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET) e publica artigos originais sobre temas relacionados à Engenharia de Transportes, com um rigoroso processo de revisão por pares e acesso aberto (veja </span><a href="https://www.revistatransportes.org.br/anpet/policies#missao">Missão e Escopo</a>).</p> </blockquote> <p><strong>Editor geral</strong> | Conheça a <a href="https://www.revistatransportes.org.br/anpet/sobre#editorial-team"><span style="font-weight: 400;">Equipe Editorial</span></a> completa</p> <blockquote> <p><strong>Prof. Dr. Claudio Barbieri da Cunha</strong><a href="https://orcid.org/0000-0002-9950-2830"><img src="https://www.revistatransportes.org.br/public/site/images/lepidus/orcid-logo.png" alt="" width="19" height="19" /></a> <br />Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil</p> </blockquote> <p><strong>Informações gerais</strong></p> <blockquote> <p><span style="font-weight: 400;"><strong>Acesso livre</strong>: <a href="https://www.revistatransportes.org.br/anpet/manuscritos#taxa">taxa de processamento de artigos</a> </span><br /><span style="font-weight: 400;"><strong>24 dias</strong> em média para a primeira decisão editorial (2024)</span><br /><span style="font-weight: 400;"><strong>161 dias</strong> em média para aceitação final (2024)</span><br />Taxa de aceitação: <strong>36%</strong> (2024)</p> </blockquote> <p><strong>Chamadas para artigos</strong></p> <blockquote> <p>Veja as <a href="https://www.revistatransportes.org.br/anpet/announcement/view/7">chamadas para artigos</a> </p> </blockquote> https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3058 Educação básica e sustentabilidade: uma análise exploratória da formação para hábitos de transporte sustentável 2025-04-25T16:34:31-03:00 Isabel Magalhães isabel.magalhaes@ufrn.br <p>Por meio de uma revisão de literatura exploratória, este artigo discute a necessidade de promover hábitos sustentáveis de transporte nas escolas, dada a crescente degradação ambiental e as altas emissões de carbono pelo setor de transportes. Embora existam várias estratégias para promover o transporte sustentável, a eficácia dessas intervenções depende de mudanças comportamentais. As discussões são pautadas nas buscas realizadas, em uma análise bibliométrica e outra de narrativas. As buscas inserem no âmbito brasileiro os conceitos de “educação sobre transporte sustentável” e “educação e desenvolvimento sustentável - EDS”. Com relação à temática, a análise bibliométrica destaca: periódicos adequados para a publicação de estudos futuros; o caráter multidisciplinar; e a escassez de estudos. A análise de narrativas sugere três hipóteses para futuros estudos: a relação entre a escassez de estudos e a menor necessidade de conscientização infantil em países desenvolvidos; o impacto positivo de uma base sólida de conscientização ambiental no currículo escolar; e a insuficiência das práticas educacionais atuais nas escolas brasileiras. Contudo, o artigo oferece insights para que práticas educacionais promovam hábitos de transporte sustentáveis desde a infância.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Isabel Magalhães https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3032 Adaptação do HCM-7 para estimativa do nível de serviço em uma rodovia de pista simples brasileira com faixas adicionais 2025-04-25T16:34:32-03:00 Ana Carolina Felício Bicalho anacarlfbicalho@gmail.com José Elievam Bessa Junior elievamjr@gmail.com <p>O <em>Highway Capacity Manual </em>(HCM-7) é o principal documento para análise de capacidade e nível de serviço em âmbito mundial. Os parâmetros utilizados no desenvolvimento do manual foram obtidos em países norte-americanos e, por esse motivo, devem ser realizadas adaptações devido às condições encontradas localmente. O presente trabalho teve, como objetivo geral, adaptar o método proposto no HCM-7 para estimar o nível de serviço em uma rodovia de pista simples brasileira com faixas adicionais. O método proposto foi baseado em dados de tráfego produzidos com o simulador de tráfego Aimsun Next, previamente calibrado para dados obtidos em uma rodovia brasileira. A partir dos resultados das simulações, foi possível adequar os coeficientes de diversas equações presentes no manual que permitem obter a medida de serviço Densidade de Veículos em Pelotões (<em>FD</em>) em segmentos com faixas adicionais. Foi observado que a adaptação do método forneceu valores estimados de <em>FD </em>e Nível de Serviço próximos aos dados encontrados diretamente em campo.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Ana Carolina Felício Bicalho, José Elievam Bessa Junior https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3046 Análise comparativa de métodos de classificação de solos tropicais para aplicações em pavimentos rodoviários 2025-05-16T08:58:00-03:00 Manoel Leandro Araújo e Farias mlaf.engcivil@gmail.com John Kennedy Guedes Rodrigues profkennedy@hotmail.com Ana Letícia Feitosa de Macêdo leticiamacedo.engcivil@gmail.com Jonny Dantas Patricio jonny_dantas@hotmail.com Ana Maria Gonçalves Duarte Mendonça ana.duartemendonca@gmail.com Leonardo Rodrigues Guedes leonardo.guedes@estudante.ufcg.edu.br Henrique Antônio Oliveira Araújo henrique.zamoura@gmail.com <p>As agências rodoviárias em regiões tropicais enfrentam desafios significativos ao aplicar sistemas tradicionais de classificação de solos, como o TRB (Transportation Research Board), desenvolvido para solos temperados e lateríticos. O MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) e o G-MCT (Granular - Miniatura, Compactado, Tropical) oferecem uma abordagem mais adequada, classificando os solos tropicais em categorias finas e grossas, facilitando a previsão de suas propriedades e aplicações em pavimentação. A metodologia CUSL (Classificação Universal de Solos Lateríticos), que leva em consideração fatores como textura, granulometria e mineralogia, mostra-se promissora para a classificação de solos lateríticos, oferecendo uma abordagem abrangente e alinhada com as características específicas desses solos. Este estudo comparou esses métodos utilizando 20 amostras de solo de cinco estados brasileiros. As amostras foram analisadas quanto às propriedades químicas, físicas e mecânicas. O teste triaxial dinâmico foi utilizado para medir o Módulo Resiliente. Foi observada uma incompatibilidade direta entre os sistemas devido aos contextos distintos, sendo o TRB inadequado para solos tropicais. MCT e G-MCT apresentaram incompatibilidade parcial com o CUSL, destacando a necessidade de uma abordagem mais alinhada com as características tropicais para otimizar o desempenho dos pavimentos.</p> 2025-05-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Manoel Leandro Araújo e Farias, John Kennedy Guedes Rodrigues, Ana Letícia Feitosa de Macêdo, Jonny Dantas Patricio, Ana Maria Gonçalves Duarte Mendonça, Leonardo Rodrigues Guedes, Henrique Antônio Oliveira Araújo https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3025 Estudo de solos modificados com adição de polímeros para uso em pavimentos rodoviários 2025-04-25T16:34:36-03:00 Jonny Dantas Patricio jonny_dantas@hotmail.com John Kennedy Guedes Rodrigues profkennedy@hotmail.com Lêda Christiane de Figueiredo Lopes Lucena ledach@uol.com.br Manoel Leandro Araújo e Farias mlaf.engcivil@gmail.com Ana Maria Gonçalves Duarte Mendonça ana.duartemendonca@gmail.com Leonardo Rodrigues Guedes leonardo.guedes@estudante.ufcg.edu.br Hillary de Oliveira Marinho hillary.oliveira@estudante.ufcg.edu.br Paulo Germano Tavares Marinho Filho marinho.paulo05@gmail.com Ana Letícia Feitosa de Macedo leticiamacedo.engcivil@gmail.com <p>O solo é considerado um material de suporte e compõe as camadas do pavimento. Portanto, ele deve possuir características que conferem estabilidade e resistência mecânica aos esforços decorrentes do tráfego durante a vida útil do pavimento. Quando os solos não possuem as características exigidas pelos projetos, técnicas de estabilização podem tornar o solo natural adequado para os requisitos de rodovias. Com base nessa premissa, este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da associação de polímeros na estabilização de solos para uso em pavimentos rodoviários. Foram realizados ensaios de comportamento mecânico e desgaste em quatro tipos diferentes de solos, utilizando amostras de solo puro e amostras com a adição da associação de polímeros. Com base nos resultados obtidos, a associação de polímeros aumentou os valores do Índice de Suporte Califórnia (CBR), da Resistência à Compressão Simples (UCS), da Resistência à Tração Indireta (ITS), do Módulo Resiliente (MR) e reduziu o desgaste nos ensaios LWT e WTAT. De forma geral, a associação de polímeros estudada nesta pesquisa estabiliza eficazmente os solos, tornando essa técnica eficiente nas camadas de pavimentos rodoviários.</p> 2025-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Jonny Dantas Patricio, John Kennedy Guedes Rodrigues, Lêda Christiane de Figueiredo Lopes Lucena, Manoel Leandro Araújo e Farias, Ana Maria Gonçalves Duarte Mendonça, Leonardo Rodrigues Guedes, Hillary de Oliveira Marinho, Paulo Germano Tavares Marinho Filho, Ana Letícia Feitosa de Macedo https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3061 Misturas asfálticas recicladas à quente com fresado de camadas asfálticas reforçadas com geossintéticos 2025-06-13T10:10:58-03:00 Tiago Rodrigues Souza civil.souza@gmail.com Natalia de Souza Correia nati.scorreia@gmail.com <p>O uso crescente de intercamadas geossintéticas, como geogrelhas, geocompostos e mantas de pavimentação em obras de reabilitação asfáltica, implica um aumento dos projetos de fresagem de camadas asfálticas contendo esses materiais. A experiência com a fresagem de pavimentos convencionais é ampla, mas ainda é limitada quando se trata de camadas com intercamadas poliméricas ou de fibra de vidro. Este estudo buscou avaliar o desempenho mecânico de misturas asfálticas recicladas com Pavimento Asfáltico Reciclado contendo fragmentos de geossintéticos (G-RAP). Para isso, um trecho experimental foi construído no Aeroporto Internacional de Salvador (Brasil), incluindo cinco seções de teste reforçadas com geossintéticos que foram fresadas após a construção. Os resultados de campo indicaram que todas as intercamadas eram fresáveis, embora com eficiências de fresagem variáveis e subprodutos com diferentes características físicas. Observou-se uma redução média de 18% na eficiência de fresagem nas camadas reforçadas em comparação às não reforçadas. Os resultados indicam que não há diferenças significativas entre os fresados de G-RAP e o RAP de controle, além da presença de fragmentos de geossintéticos, destacando a viabilidade de reutilizar G-RAP em aplicações semelhantes ao RAP convencional. A análise das misturas asfálticas com 20% de G-RAP demonstrou que a presença de fragmentos geossintéticos manteve a distribuição granulométrica do RAP de controle e não comprometeu o módulo de resiliência. Além disso, o G-RAP mostrou-se benéfico para propriedades mecânicas como estabilidade Marshall, fluxo e resistência à tração indireta, validando sua viabilidade para uso em misturas recicladas de pavimentação.</p> 2025-06-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Natália de Souza Correia, Tiago Rodrigues Souza https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2942 Planejamento das viagens de navios de carga geral considerando a arrumação nos porões e o equilíbrio dos navios nos sentidos proa-popa e bombordo-boreste 2025-06-13T10:11:00-03:00 Natan Trancoso Gonçalves natan.trancoso@gmail.com Bruna Curto Uliana brunacurtouliana@gmail.com Rodrigo Alvarenga Rosa rodrigoalvarengarosa@gmail.com <p>Exportadoras de cargas unitárias como blocos de mármore e granito, fardos de celulose e madeira serrada geralmente afretam navios de carga geral por certo período, durante o qual podem realizar várias viagens para o transporte marítimo. Dessa forma, elas precisam planejar as viagens e a arrumação de carga nos porões dos navios buscando reduzir os custos de afretamento e navegação. Este artigo propõe um modelo matemático que define de forma integrada as viagens dos navios e a arrumação nos porões, visando minimizar esses custos de transporte. O modelo considera de forma conjunta múltiplas viagens, múltiplos compartimentos, sequência de descarga, rotação 3D dos itens e equilíbrio do navio no carregamento, o que até então não foi encontrado na literatura. Testes realizados com o solver CPLEX considerando uma exportadora de blocos de granito mostraram que arranjos com rotação 3D podem reduzir o número de viagens e que o modelo é capaz de representar o transporte de itens paralelepipédicos nos porões de navios de carga geral, considerando sequência de descarga e equilíbrio dos navios no carregamento.</p> 2025-06-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Natan Trancoso Gonçalves, Bruna Curto Uliana, Rodrigo Alvarenga Rosa https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3034 Efeito dos ciclos de molhagem e secagem no comportamento físico e mecânico de misturas solo-agregado-cimento 2025-04-25T16:34:33-03:00 André Lapa de Moraes Tavares andrelapamtavares@gmail.com Ana Paula Furlan afurlan@sc.usp.br Glauco Tulio Pessa Fabbri glauco@sc.usp.br <p>As misturas de solo-agregado e cimento (SAC) têm sido utilizadas no Brasil como base e/ ou sub-base em pavimentos de rodovias de volumes pesados e muito pesados, porém, ainda carecem de protocolos padronizados quanto à dosagem do material e à avaliação de seu desempenho e durabilidade. Assim, este estudo tem como objetivo compreender a durabilidade das misturas de SAC, investigando seu comportamento físico e mecânico após ciclos de molhagem e secagem (ASTM D 559), e contribuir para a criação de dados de referência e modelos constitutivos dessa mistura. Para isso, foram produzidas quatro misturas SAC compostas de solo arenoso laterítico e agregado basáltico, em duas proporções diferentes de solo e agregado (20:80 e 30:70), usando 5% de dois tipos de cimento (PC-HE e PCC-S). As análises foram baseadas nos resultados de variação de volume, perda de peso, resistência à compressão simples (RTS), resistência à tração por compressão indireta (RTCD) e módulo de resiliência (Mr) por meio de teste triaxial de carga repetida, a 0, 6 e 12 ciclos. Os resultados mostram que as misturas SAC tiveram pequenas alterações de volume (±1.3%) e perda de peso (de 4.8 a 5.5%) e suas propriedades de resistência e rigidez foram preservadas ou aumentadas após os ciclos W-D. A rigidez das misturas 20:80 foi equivalente a misturas brita graduada tratada com cimento (BGTC), e as misturas 30:70 a misturas solo-cimento. O efeito da ciclagem no aumento das propriedades mecânicas adverte contra possíveis defeitos em materiais de alta resistência e rigidez que podem contribuir para reduzir o desempenho de fadiga da mistura.</p> 2025-03-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 André Lapa de Moraes Tavares, Ana Paula Furlan, Glauco Tulio Pessa Fabbri https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3053 Indicadores do uso do telefone celular ao volante com base em dados naturalísticos de direção 2025-05-16T08:57:59-03:00 Thiago Noriyuki Kubo thiago.kubo@ufpr.br Arthur Hideio Noguti arthur.noguti@onsv.org.br Jorge Tiago Bastos jtbastos@ufpr.br <p style="text-indent: 0cm;" align="justify">O uso do telefone celular ao volante é fator de risco reconhecido para a ocorrência de sinistros de trânsito. Pouco ainda se conhece sobre as características de uso do telefone celular como tarefa secundária à condução no Brasil. O objetivo deste estudo foi produzir e analisar indicadores de desempenho da segurança viária relacionados ao uso do telefone celular ao volante a partir de uma base de dados naturalísticos de direção. A metodologia consistiu em um estudo observacional com a análise de vídeos obtidos a partir do monitoramento da atividade real de condução de 32 condutores em Curitiba e Região Metropolitana. O uso mais comum foi para verificar/navegar – 44,96% dos usos. A frequência média de uso foi de 8,71 usos/h e a duração de 55,34 segundos por uso. Em média, os condutores reduziram a velocidade em 6,32 km/h após o início do uso e aumentaram em 5,11 km/h após a conclusão. Verificar/navegar foi o tipo de uso com maior adaptação de velocidade, apresentando uma redução média de 7,39 km/h ao iniciar o uso e um aumento médio de 3,55 km/h ao fim do uso. Em conclusão, a adaptação da velocidade para o uso do telefone celular foi relacionada à complexidade da atividade, conforme os níveis de demanda manual, visual e cognitiva. No entanto, os condutores não perceberam o acréscimo de risco nas ligações ou envio de mensagens de voz, evidenciado a necessidade de medidas mais efetivas para reduzir o engajamento na tarefa secundária de uso do telefone celular ao volante.</p> 2025-05-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Thiago Noriyuki Kubo, Arthur Hideio Noguti, Jorge Tiago Bastos https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3028 Uma análise laboratorial e numérica do desempenho de materiais de lastro: em direção à sustentabilidade no projeto de pavimentos ferroviários 2025-04-25T16:34:34-03:00 Andre Fardin Rosa andrefardinrosa@usp.br Stefanie de Carla Dias de Carla Dias stefanie.dias@rumolog.com Wescley Silva Brito wescley.brito@rumolog.com Robson Correia Costa robsoncosta@usp.br Edson de Moura edmoura@usp.br Liedi Légi Bariani Bernucci liedi@usp.br Rosângela dos Santos Motta rosangela.motta@usp.br <p>A caracterização física e mecânica de materiais rochosos é uma etapa determinante para a sua aplicabilidade como camada de lastro ferroviário. Porém, a maioria dos ensaios normatizados para tal caracterização não tem aplicação direta no dimensionamento da espessura da camada de lastro e os limites normativos levam em consideração apenas a origem da rocha, ignorando fatores de carga por eixo e vida útil para a qual a ferrovia é projetada. Este estudo visa demonstrar a importância da caracterização dos materiais neste processo, por meio de ensaios laboratoriais (físicos e mecânicos) e modelagem por elementos finitos com quatro diferentes materiais rochosos como lastro, sendo os resultados aplicados na redução do uso de materiais pétreos em projetos de novas ferrovias brasileiras, para uma construção mais otimizada e sustentável. Os efeitos da espessura do lastro nas tensões do subleito são analisados em termos de capacidade de suporte do subleito e deformação permanente dos materiais geotécnicos. Os resultados mostram que variações de módulo de resiliência no lastro entre 294 e 115 MPa tem influência mínima nas tensões verticais do subleito, mas que reduções de 10 cm na espessura dessa camada podem aumentar em até 20% as tensões no subleito. Além disso, um aumento no número de partículas não cúbicas pode levar a maiores deformações permanentes, o que pode reduzir o período entre ciclos de manutenção da via. Por fim, as análises mostraram que o teste Micro-Deval pode ser considerado como um método interessante para a caracterização mecânica do lastro, podendo ser utilizado para estimar a sua vida útil.</p> 2025-03-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Andre Fardin Rosa, Stefanie de Carla Dias de Carla Dias, Wescley Silva Brito, Robson Correia Costa, Edson de Moura, Liedi Légi Bariani Bernucci, Rosângela dos Santos Motta https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3040 Avaliação do impacto da fiscalização eletrônica de velocidade e de avanço semafórico na segurança viária: um estudo “antes” e “depois” utilizando o Método Empírico de Bayes 2025-04-25T16:34:35-03:00 Paulo Bruno Souza Nunes paulo.nunes@det.ufc.br Flávio José Craveiro Cunto flaviocunto@det.ufc.br <p>Estratégias automatizadas de fiscalização de infrações são comumente empregadas em interseções semaforizadas com o objetivo de minimizar sinistros de trânsito. O real impacto destas estratégias pode variar entre jurisdições e carece de estudos observacionais que permitam lidar com desafios metodológicos como o fenômeno de regressão à média e a limitação temporal do período observado. Este trabalho avalia os efeitos da fiscalização eletrônica de velocidade e avanço semafórico em interseções semaforizadas no desempenho da segurança viária utilizando o Método Empírico de Bayes (EB). Utilizando um período total de análise de 2010 a 2019, foi desenvolvida uma Função de Desempenho de Segurança Viária (FDSV) para os sinistros com vítimas de 2011 em função do fluxo veicular (VDMA) e do número de faixas, para uma amostra com 176 interseções de Fortaleza. A FDSV (2011) foi transferida para os outros anos da análise através da correção do intercepto obtida pelo método proposto no Highway Safety Manual. Os resultados indicaram uma redução de 21% (8%, 33%; IC=95%) nos sinistros com vítimas feridas e fatais, sendo similar ao encontrado com a utilização de um grupo de comparação e ligeiramente melhor do que o encontrado na literatura internacional. Os resultados e a aplicação da metodologia contribuem para reforçar a eficácia da instalação de dispositivos de fiscalização em interseções semaforizadas, além de contribuir para o aperfeiçoamento dos estudos observacionais do tipo “antes” e “depois” no cenário brasileiro.</p> 2025-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Paulo Bruno Souza Nunes, Flávio José Craveiro Cunto https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3062 Análise do efeito do tempo de resposta probabilístico em interseções semaforizadas microssimuladas no AIMSUN 2025-06-05T14:30:08-03:00 Wanderson Pedrosa wanderson.pedrosa@det.ufc.br Manoel Castro-Neto manoel@det.ufc.br Alessandro Araújo alessandro.araujo@det.ufc.br <p>Interseções semaforizadas são pontos críticos da infraestrutura viária, frequentemente sujeitos a congestionamentos e acidentes devido às limitações de capacidade e aos conflitos de tráfego. O tempo de resposta (TR) dos motoristas, especialmente quando elevado, é uma variável comportamental que afeta o desempenho do tráfego nesses locais, contribuindo para o aumento dos atrasos e para a redução da capacidade viária. O objetivo deste trabalho foi modelar e analisar o impacto do TR dos motoristas na fluidez do tráfego de interseções semaforizadas, utilizando o software de microssimulação AIMSUN. O método empregado envolveu a coleta de dados de TR e de headways em uma interseção na cidade de Fortaleza, a modelagem da distribuição de probabilidade do TR e sua implementação no simulador. Diversos cenários foram simulados, variando a demanda de veículos, assim como a duração do TR, com o intuito de avaliar os seus impactos no atraso médio, na razão v/c, no fluxo de saturação e na capacidade de aproximações semaforizadas. Os resultados mostraram que a distribuição log-normal foi a que melhor se ajustou aos dados de TR. A modelagem probabilística do TR nos simuladores mostrou que o TR do primeiro veículo da fila (TR1) foi maior do que para os demais veículos em fila. A inserção da modelagem probabilística do TR aumentou os atrasos e reduziu a capacidade quando comparado ao modelo default. O estudo aponta que a modelagem probabilística do TR afeta a fluidez de interseções semafóricas microssimuladas especialmente em condições de tráfego mais saturado.</p> 2025-06-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Wanderson Pedrosa, Manoel Castro-Neto, Alessandro Araújo https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3016 Caracterização estatística da variabilidade nos processos de usinagem e compactação de misturas asfálticas densas 2025-05-16T08:58:02-03:00 Euller Loiola Sena euller.loiola@det.ufc.br Eliardo Soares Coelho eliardosoares@alu.ufc.br Jorge Luis Santos Ferreira jorge@crateus.ufc.br Juceline Batista dos Santos Bastos juceline.santos@ifce.edu.br Jorge Barbosa Soares jsoares@det.ufc.br <p>Apesar das diferentes abordagens para a definição de qualidade, entende-se que a minimização da variabilidade das principais características de um produto ou processo proporciona um ganho nesse quesito. Para esse fim, necessita-se primeiramente mensurar tal variabilidade. Visando agregar maior qualidade às obras de pavimentação asfáltica, este trabalho descreve e compara estatisticamente as variações que ocorrem durante as etapas de usinagem e compactação de misturas asfálticas densas em três obras rodoviárias reais, tendo o percentual de cimento asfáltico de petróleo (%CAP) e o grau de compactação (GC) como indicadores de qualidade de cada uma das etapas, respectivamente. Para as obras em análise, os resultados indicam a ocorrência de variações intrínsecas ao tipo de serviço, mas também revelam um quadro de inconformidades normativas e diferenças estatísticas significativas entre as variações observadas ao longo da execução, o que indica potencial para aprimoramento do processo construtivo. A abordagem estatística proposta agrega uma compreensão quantitativa do processo executivo e pode ser utilizado pelas empresas construtoras para aperfeiçoar seus procedimentos objetivando a melhoria da qualidade. De modo complementar, ao ser aplicada a obras já executadas e/ou em execução, os órgãos de controle adquirem referências úteis para auxiliar o planejamento e a consecução das auditorias de conformidade de modo otimizado e preciso.</p> 2025-05-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Euller Loiola Sena, Eliardo Soares Coelho, Jorge Luis Santos Ferreira, Juceline Batista dos Santos Bastos, Jorge Barbosa Soares https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3035 Comportamento à fadiga de misturas cimentadas do tipo BGTC com duas rochas representativas do Rio Grande do Sul 2025-04-25T16:42:08-03:00 Ana Helena Back anahback@hotmail.com Lucas Dotto Bueno lucas.bueno@ufsm.br Rinaldo José Barbosa Pinheiro rinaldo@ufsm.br Tatiana Cureau Cervo cervo.tatiana@gmail.com <p>A densificação do setor rodoviário torna necessária a habilitação de estruturas detentoras de maior capacidade estrutural. Para este fim, uma das técnicas desenvolvidas consiste na inserção de camadas de Britas Graduadas Tratadas com Cimento (BGTC) na composição dos pavimentos. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi estudar o comportamento à fadiga de quatro misturas do tipo BGTC, incorporando uma análise mecanicista aos resultados laboratoriais. Os materiais escolhidos para composição das misturas BGTC englobaram agregados de rochas ígneas extrusivas do estado do Rio Grande do Sul, aglutinados com teores de cimento de 3,5% e 5,5%. Para a análise mecanicista, utilizou-se o <em>software </em>MeDiNa, avaliando diferentes configurações de pavimentos semirrígidos e semirrígidos invertidos em substituição às camadas puramente granulares de um pavimento flexível tomado como referência. A partir dos resultados obtidos com base na análise mecanicista realizada, concluiu-se que misturas cimentadas com maior teor de cimento são efetivas tanto para uso em camada de base quanto em sub-base, desde que as camadas cimentadas não sejam delgadas. Para a condição de tráfego mais elevada (5×107), a utilização das misturas BGTC estudadas neste trabalho na camada de base, com 5,5% de cimento, permitiram reduzir 75% da espessura do material asfáltico empregado no revestimento.</p> 2025-04-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Ana Helena Back, Lucas Dotto Bueno, Rinaldo José Barbosa Pinheiro, Tatiana Cureau Cervo https://www.revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3038 Uso de método de análise multicritério híbrido para classificação de misturas asfálticas a quente quanto à deformação permanente 2025-06-13T10:10:59-03:00 Victória Nunes-Ramos victorianunesramos@gmail.com Jéssica da Silva Vieira vieirajessica.jv96@gmail.com Alejandro Ruiz-Padillo alejandro.ruiz-padillo@ufsm.br Luciano Pivoto Specht luspecht@ufsm.br <p>O novo método de dimensionamento de pavimentos brasileiro (MeDiNa) define o <em>Flow Number</em> como indicador de deformação permanente das misturas asfálticas, cuja adequação ao tráfego é realizada por tentativa e erro, pois não há estabelecido na literatura uma combinação de parâmetros para sua previsão<em>. </em>Nesse sentido, metodologias multicritério de apoio à tomada de decisão podem auxiliar na otimização do processo de composição das misturas pela combinação simultânea de indicadores simplificados. Assim, este trabalho utilizou um método multicritério híbrido (SMART e TOPSIS) para classificar misturas asfálticas pela combinação de parâmetros obtidos na concepção desses materiais, comparando com o <em>ranking</em> encontrado pelo <em>Flow Number</em>. A partir das importâncias relativas atribuídas por um painel de especialistas, verificou-se que é possível obter um ranking estatisticamente semelhante ao do <em>Flow Number</em> apenas com dados de ponto de amolecimento e viscosidade do ligante, faixa granulométrica, índice de forma da fração #3/4 do agregado e teor de ligante. O método é mais eficaz para tráfegos inferiores a 6,8E+07 repetições do eixo-padrão em condições normais. Portanto, a pesquisa mostrou viabilidade para simplificação do projeto de misturas para o revestimento de pavimentos flexíveis, por filtrar as misturas encaminhadas para testes mais laboriosos como o <em>Flow Number</em>, limitando o número de ensaios apenas às misturas-teste mais bem colocadas. Além disso, possibilita a racionalização do projeto de vias de baixo tráfego em que não haja recurso para execução do ensaio proposto pelo MeDiNa, auxiliando projetistas na tomada de decisão a partir de indicadores simplificados.</p> 2025-06-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Victória Nunes-Ramos, Jéssica da Silva Vieira, Alejandro Ruiz-Padillo, Luciano Pivoto Specht