Conceito de velocidade efetiva social como argumento de reforço à implantação de políticas de mobilidade urbana sustentável no Brasil

Autores

  • Leonardo Herszon Meira Universidade Federal de Pernambuco
  • Mauricio Oliveira Andrade Universidade Federal de Pernambuco
  • Jessica Helena de Lima Universidade Federal de Pernambuco Universidade de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.14295/transportes.v25i2.1164

Palavras-chave:

Velocidade Efetiva, Custos dos Transportes, Políticas Públicas.

Resumo

A qualidade dos deslocamentos de várias cidades brasileiras vem diminuindo nos últimos anos e levando a um ambiente cada vez mais insustentável. Uma forma de combater esse cenário é adotar soluções inovadoras de políticas públicas de mobilidade. Este trabalho se dedica a estudar a possibilidade de mudança de comportamento das pessoas com a inclusão da velocidade efetiva social nas políticas públicas de mobilidade. A Lei 12.587/2012 prevê a internalização dos custos externos causados pelos usuários. Nesse contexto, a velocidade efetiva social surge como uma medida inovadora. Velocidade efetiva social é um conceito que soma ao tempo de viagem de um modo de transporte o tempo de trabalho gasto para pagar o custo privado e social da viagem. Usou-se como estudo de caso para os dados demográficos uma pesquisa realizada com frequentadores da UFPE. Resultados sugerem ter a velocidade efetiva social capacidade para ser integrada nas políticas públicas de mobilidade brasileiras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jessica Helena de Lima, Universidade Federal de Pernambuco Universidade de Pernambuco

Doutoranda em Engenharia Civil - Transportes, Mestra em Engenharia Civil - Transportes.  Graduada em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora Assistente na Universidade de Pernambuco

Referências

ADVFN (2016). PIB - produto interno bruto. Disponível em: <http://br.advfn.com/indicadores/pib>. Acesso em: jan. 2016.

ANP (2015). Preços do petróleo, gás natural e combustíveis nos mercados nacional e internacional. Boletim Anual de Preços-2015.

Ávila, L. (2016). Planilha para calcular custos de ter um carro. clube dos poupadores. Disponível em . Acesso em: jan. 2016.

Brasil (2004). Política nacional de desenvolvimento urbano. Brasília, DF: Ministério das Cidades, Disponível em: . Acessado em agosto de 2015.

Brasil (2007). Metodologia integrada de suporte ao planejamento, acompanhamento e avaliação dos programas nacionais de transporte. Brasília – DF: Ministérios dos Transportes. Disponível em: . Acesso em: nov. 2016.

Brasil (2012). Lei n. 12.587/2012 de 3 de janeiro de 2012, institui as diretrizes da Politica Nacional de Mobilidade Urbana. Diário Oficial da União - Seção 1 – 4 jan. 2012, Página 1

Castro, C.U. (2007). Transporte público urbano: a tarifa única no município de Florianópolis. Monografia, 57p. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis – SC. Disponível em <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/122074/document-12.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: jun. 2015.

CETESB, (2015). Qualidade do ar no estado de São Paulo. Série Relatórios 134p, São Paulo.

Cintra, M. (2014). Os custos com congestionamentos na Cidade de São Paulo. São Paulo, Working Paper , n. 356.

DATASUS (2012). E.11 Valor médio pago por internação hospitalar no SUS (AIH), ano 2012, região metropolitana do Recife, hos-pitalização normal. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2012/e11.def>. Acesso em: jun. 2016

DATASUS (2014). Acidentes, estatísticas nacionais. Disponível em: <http://www.vias-seguras.com/layout/set/print/os_acidentes/estatisticas/estatisticas_nacionais>. Acesso em: mar. 2016.

DENATRAN (2016). Frota veicular brasileira. Brasília – DF : Denatran. Disponível em: . Acesso em: abr. 2016.

DNIT (2010). Contorno de Recife recebe obras de restauração. Disponível em: . Acesso em: abr. 2016.

DNIT (2015). Estatística de acidentes. Disponível em: < http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/estatisticas-de-acidentes>. Acesso em: fev. 2016.

Euroforum (2007). Draft paper: state of the art of research and development in the field of urban mobility. European Re-search Forum for Urban Mobility. Disponível em: . Acesso em: jan. 2016.

GM (2016). Chevrolet onix: monte o seu. general motors do Brasil. Disponível em . Acesso em: jan. 2016.

Graham-Rowe, E.; B. Gardner; C. Abraham; S. Skippon; H. Dittmar; R. Hutchins e J. Stannard (2012). Mainstream consumers driving plug-in battery-electric and plug-in hybrid electric cars: a qualitative analysis of responses and evaluations. Transportation Research Part A: Policy and

Practice, v. 46, n. 1, p. 140–153. DOI: 10.1016/j.tra.2011.09.008

Hao, H; H. Wang; e M. Ouyang (2011). Comparison of policies on vehicle ownership and use between Beijing and Shanghai and their impacts on fuel consumption by passenger vehicles. Energy Policy, v. 39, n. 2, p. 1016–1021. DOI: 10.1016/j.enpol.2010.11.039

Halek, F., Kavousi, A., & Hassani, F. (2009). Evaluation of indoor-outdoor particle size distribution in Tehran’s elementary schools. World Acad of Sci Eng and Tech, n. 57, p. 463-466. Disponível em: . Acesso em: jan. 2016.

IBGE (2015). Cidades. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em: mar. 2016.

IBGE (2016). Pesquisa mensal de emprego – PME: região metropolitana do Recife. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/pme_201602pe_02.shtm>. Acesso em: mar. 2016.

Illich, I. (1974). Energy and equity. London: Calder & Boyars.

IPEA/ANTP (1998). Redução das deseconomias urbanas com a melhoria nos transportes públicos. Brasília: IPEA.

IPEA/ANTP (2003). Impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas aglomerações urbanas brasileiras: relatório executivo/IPEA, ANTP. - Brasília: IPEA: ANTP, 2003.

IPEA (2012). A nova lei de diretrizes da política nacional de mobilidade urbana. Handout nº. 128. Disponível em . Acesso em: mar. 2012.

Ker, I.; e James, B. (2000). The benefits of driving less evaluation of the travelsmart pilot project in south perth. Report 396. Perth, Western Australia: Transport WA.

Kifer, K. (2002). Auto costs versus bike costs, ken kifer's bike pages. Disponível em: . Acesso em: 03 jan. 2015.

Knight, V.M., & Young, C.E.F. (2006). Custo da poluição gerada pelos ônibus urbanos na RMSP. Rio de Janeiro: ANPEC.

Leite, M.S.; e E.A. Ferreira (2014). Estudo da velocidade efetiva para diferentes níveis de renda e modos de transporte. CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E ENSINO EM TRANSPORTES, 28., 2014. Anais... Curitiba: ANPET.

Lima, J.H.; L.H. Meira; M.O. Andrade; e M.L.A. Maia (2015). Tornando a escolha do modo economicamente racional: um estudo para o maior polo gerador de viagens da Região Metropolitana do Recife. CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E ENSINO EM TRANSPORTES, 29., 2015. Anais... Ouro Preto: ANPET.

Lima Neto, V.C.; Carvalho, C.H.R.; e Balbim, R.N. (2014). Mobilidade urbana: o Brasil em transformação: o papel do IPEA na construção do pacto da mobilidade: Brasil em desenvolvimento 2014: Estado, planejamento e políticas públicas. Brasília: IPEA.

Litman, T. (2006). Transportation cost and benefit analysis: techniques, estimates and implications. Victoria, British Columbia.: Victoria Transportation Policy Institute. Disponível em . Acesso em: mar. 2016.

Lvovsky, K. et. al. (2000). Environmental costs of fossil fuels: a rapid access method with application to six cities. Paper nº 78 da Pollution Management Series. Banco Mundial. Disponível em http://www-wds.worldbank.org/external/default/WDSContentServer/WDSP/IB/2002/09/07/000094946_02081904011759/Rendered/PDF/multi0page.pdf. Acesso em: 07 mar. 2016.

Marín, L.; e M.S. Queiroz (2000). A atualidade dos acidentes de trânsito na era da velocidade: uma visão geral. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1. DOI: 10.1590/S0102-311X2000000100002.

Marques da Costa, N. M. S. (2007). Mobilidade e transporte em áreas urbanas: o caso da área metropolitana de Lisboa. Tese (Doutorado) - Universidade de Lisboa. Lisboa.

Meira, L.H.; M.L.A. Maia; M.O. Andrade; e A. Brasileiro (2014). A influência da qualidade do transporte público na rotina aca-dêmica: o caso da Universidade Federal de Pernambuco. CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E ENSI-NO EM TRANSPORTES, 28., 2014. Anais.... Curitiba – PR: ANPET.

Merlin, P. (1985). La Planification des transports urbains. Paris, Masson. Espace géographique, v. 14, n. 1, p. 76-77.

Miotto, R. (2013). Primeiras impressões: Honda CG 150 Fan e Titan. Reportagem do G1 de 31 de julho de 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/carros/motos/noticia/2013/07/primeiras-impressoes-honda-cg-150-fan-e-titan.html>. Aces-so em: abr. 2016.

Morawska, L., He, C., Hitchins, J., Gilbert, D., & Parappukkaran, S. (2001). The relationship between indoor and outdoor air-borne particles in the residential environment. Atmospheric Environment, v. 35, n. 20. DOI: 10.1016/S1352-2310(01)00097-8.

Orsati, F.T., Machado, F.S., Kitayama, M.M.G., & Bruscato, W.L. (2004). Estudo da população fraturada, devido a acidentes de trânsito, internada na Santa Casa de São Paulo. Psicologia Hospitalar, v. 2, n. 2.

Ostro, B., & Chestnut, L. (1998). Assessing the health benefits of reducing particulate matter air pollution in the United States. Environmental Research, v. 76, n. 2, p. 94-106. DOI: 10.1006/enrs.1997.3799

Peden, M., Scurfield, R., Sleet, D., Mohan, D., Hyder, A.A., Jarawan, E., & Mathers, C. (2004). World report on road traffic injury prevention. Geneva: World Health Organization; 2004.

Petruccelli, U. (2015). Assessment of external costs for transport project evaluation: Guidelines in some European countries. Environmental Impact Assessment Review, v. 54, p. 61-71. DOI: 10.1016/j.eiar.2015.05.004

Quatro Rodas (2012). Teste de pista: Chevrolet Onix. Disponível em <http://quatrorodas.abril.com.br/materia/chevrolet-onix-725300>. Acesso em: maio 2016.

Ragazzo, C., Lima, J. (2013). Urban planning and traffic reduction: the Nossa Senhora da Paz subway station case in Ipane-ma. Brazilian Journal of Urban Management, v. 5, n. 2, p. 97-113. DOI: 10.7213/urbe.05.002.AC02

Roseiro, M.N.V. (2003). Poluentes atmosféricos: algumas consequências respiratórias na saúde humana. São Paulo: UNAERP.

Takahashi, R.H.C. (2004). A estrutura da decisão política na formulação de políticas públicas. Belo Horizonte – MG: Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT).

Tranter, P.J. (2004). Effective speeds: car costs are slowing us down. Canberra : Department of the Environment and Heritage. Disponível em . Acesso em: jan. 2016.

Tranter, P.J. (2010). Speed kills: the complex links between transport, lack of time and urban health. Journal of Urban Health: Bulletin of the New York Academy of Medicine, v. 87, n. 2. DOI:10.1007/s11524-009-9433-9.

Tranter, P.; e Ker, I. (2007). A wish called $quander. In: EFFECTIVE SPEED AND EFFECTIVE WELLBEING IN AUSTRALIAN CITIES, 2007. Proceedings… National Conference (pp. 28-30).

VTPI (2013). Transport cost and benefit analysis II : travel time costs. Victoria, British Columbia : Victoria Transport Policy Institute, p.5.2 – 22. Disponível em: . Acesso em: dez. 2016.

Downloads

Publicado

31-08-2017

Como Citar

Meira, L. H., Andrade, M. O., & Lima, J. H. de. (2017). Conceito de velocidade efetiva social como argumento de reforço à implantação de políticas de mobilidade urbana sustentável no Brasil. TRANSPORTES, 25(2), 64–77. https://doi.org/10.14295/transportes.v25i2.1164

Edição

Seção

Artigos