Caracterização de emulsões asfálticas brasileiras a partir do protocolo Emulsion Performance Grade (EPG)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/transportes.v29i1.1977

Palavras-chave:

Emulsão asfáltica, desempenho, propriedades reológicas, microrrevestimento

Resumo

A especificação Emulsion Performance Grade – EPG indica que os processos de degradação dos tratamentos para preservação de superfícies aplicados a frio com emulsão asfáltica guardam uma relação direta com parâmetros reológicos do ligante residual da emulsão. Apesar do reconhecimento da importância da contribuição da emulsão asfáltica em suas aplicações, no Brasil sua seleção ainda é realizada de maneira empírica, sem avaliação de propriedades relacionadas diretamente ao desempenho da mistura em campo. O presente trabalho visa avaliar o potencial de utilização da especificação por grau de desempenho, para misturas de microrrevestimento asfáltico a frio, mediante a aplicação do protocolo denominado EPG. Foram caracterizadas as propriedades reológicas do resíduo asfáltico de três emulsões brasileiras e o desempenho em serviço de cada uma delas foi previsto com uma estrutura metodológica semelhante às especificações Superpave®. As emulsões frescas foram ainda avaliadas quanto à viscosidade e à estabilidade, que se relacionam com as condições de construtibilidade. A aplicação dos procedimentos e valores admissíveis do EPG levou à definição de graus de desempenho em temperaturas altas e baixas, coerentes com o comportamento esperado segundo as características e o propósito das emulsões avaliadas. No que diz respeito à viscosidade e a estabilidade, apesar de não se tratarem de parâmetros classificatórios, todas as emulsões apresentaram comportamento adequado e resultados aceitáveis do recente protocolo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Anderson, D.A e O. Marasteanu (2010) Continuous Models for Characterizing Linear Viscoelastic Behavior of Asphalt Binders. ISAP Workshop on Asphalt Binders and Mastics. Madison, Wisconsin.

Apaza, F.R.; A.C.R. Guimarães; M.A.S. Sousa e C.D. Castro (2018) Estudo sobre a utilização de resíduo de minério de ferro em microrrevestimento asfáltico. Revista Transportes, v. 26, n. 6. ISSN 2237-1346. DOI: https://doi.org/10.14295/transportes.v26i2.1254

Adams, J. I.; M. Castorena e Y. R. Kim (2017) Performance-Graded Specifications for Asphalt Emulsions Used in Chip Seal Preservation Treatments. Transportation Research Board 97th Annual Meeting, National Academy of Sciences, Washington, D.C. DOI: https://doi.org/10.1177/0361198118770169

Bayane, B. M.; E. Yang e Q. Yanjun (2017) Dynamic Modulus Master Curve Construction Using Christensen-Anderson-Marasteanu (CAM) model. Int. Journal of Engineering Research and Application, China, 2017. DOI: https://doi.org/10.9790/9622-0701055363

Castro, P. B e S. H. A. Barroso (2018) Avaliação da qualidade do microrrevestimento asfáltico a frio utilizando diferentes tipos de ligantes. 32 Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte da ANPET. ANPET, Gramado.

Christensen, D. W.; D. A. Anderson e G. M. Rowe (2015) Relaxation spectra of asphalt binders and the Christensen–Anderson rheological model. Road Materials and Pavement Design v. 18, 2015. DOI: https://doi.org/10.1080/14680629.2016.1267448

Clyne, T. R. e M. O. Marasteanu (2004) Inventory of Properties of Minnesota Certified Asphalt Binders. Minnesota Department of Transportation Research Services Section MS 330, Minnesota

Silva, L. S. da e M.M. De Camargo (2004) Study of rheological properties of pure and polymer-modified Brazilian asphalt binders. Journal of Materials Science, v. 39, Porto Alegre, p. 539–546. DOI: https://doi.org/10.1023/B:JMSC.0000011509.84156.3b

DNIT (2010) NORMA 128/2010 – ES Emulsões asfálticas catiônicas modificadas por polímeros elastoméricos – Especificação de Material. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Rio de Janeiro.

DNIT (2005) NORMA 035/2005 – ES Pavimentos flexíveis – Microrrevestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero – Especificação de serviço. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Rio de Janeiro.

DNIT (2013) NORMA 165/2013 – ES Emulsões asfálticas para pavimentação – Especificação de Material. Departamento Naci-onal de Infraestrutura de Transportes. Rio de Janeiro.

Hou, S.; C. Chen; J. Zhang; H. Shen e F. Gu (2018) Thermal and mechanical evaluations of asphalt emulsions and mixtu-res for microsurfacing. Construction and Building Materials, v. 191, p. 1221-1229. DOI: https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2018.10.091

Johnston, J. B. e G. King (2008) Using Polymer Modified Asphalt Emulsions in Surface Treatment. Report of Federal Land Highways, p. 115-120.

Kadrmas, A. (2006) Emulsion Test Methods. Do We Need Them? Transportation Research, Circular E-102, p. 26- 29.

Kim, Y. R.; J. Adams; C. Castorena; M. Illias; J. Im; H. Bahia e P. Johannes (2017) Performance-Related Specifications for Asphalt Binders Used in Preservation Surface Treatments. National Highway Cooperative Research Program, Report 837, National 22 Research Council. DOI: https://doi.org/10.17226/24694

Luzzi, F. C. (2017) Análise do uso de material fresado como agregado no Microrrevestimento Asfáltico a Frio (MRAF). Revista Especialize On-line IPOG, v. 01/2017, n. 013. ISSN 2179-5568.

Marasteanu, O. e D.A. Anderson (1999) Improved Model for Bitumen Rheological Characterization. Eurobitume Work-shop on Performance Related Properties for Bitumens Binder, no. 133.

Mohseni, A. (1998) LTPP Seasonal Asphalt Concrete (AC) Pavement Temperature Models. Federal Highway Administration, n. FHWA-RD-97-103, Pavement Systems (PavSys).

Salomon, D. R. (2006) Asphalt Emulsion Technology. Transportation Research Circular E-102, Characteristics of Bituminous Materials Committee, Washington, D.C.

Santagata, E.; O. Baglieri; L. Tsantilis e D. Dalmazzo (2012) Rheological Characterization of Bituminous Binders Modified with Carbon Nanotubes. Procedia - Social and Behavioral Sciences, v. 53, p. 546 – 555. DOI: https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2012.09.905

Santo, N. R. E. e R. M. Reis (1999) Microrrevestimento Asfáltico a Frio. Uma Inovação Tecnológica para Tratamentos de Superfície.

Silva, R. C.; S. H. A. Barroso e Y. R. Kim (2018) Introdução do coeficiente de uniformidade para avaliação de revestimentos asfálticos do tipo tratamentos superficiais. Revista Transportes, v. 26, n. 1. ISSN 2237-1346. DOI: https://doi.org/10.14295/transportes.v26i1.1371

Vale, A. F. Estudo e aplicação de microrrevestimento asfáltico a frio (MRAF). Dissertação (mestrado). Programa de Transporte, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo.

Vijayjumar, A. Validation of Surface Performance-Graded Specification for Surface Treatment Binders. Dissertação (mestrado), Universidade de Texas A&M. Texas.

Walubita, L.; M. A. Epps e C. J. Glover, (2005) A Surface Performance Graded (SPG) Specification for Surface Treatment Bind-ers: Development and Initial Validation. Publication Federal Highway Administration, n. FHWA-TX-05/1710-2, p. 26-47.

Yusoff, N.I. (2012) Modelling the linear viscoelastic rheological properties of bituminous binders. Tese (Doutorado). Filosofía, Universidade de Nottingham. Nottingham.

Anderson, D.A.; Marasteanu, O. Continuous Models for Characterizing Linear Viscoelastic Behavior of Asphalt Binders. ISAP Workshop on Asphalt Binders and Mastics. Madison, Wisconsin, September 16-17, 2010.

Downloads

Publicado

30-04-2021

Como Citar

Álvarez, L. F. A. ., Gadler, F. ., Savasini, K. V. ., & Bernucci, L. L. B. . (2021). Caracterização de emulsões asfálticas brasileiras a partir do protocolo Emulsion Performance Grade (EPG). TRANSPORTES, 29(1), 247–263. https://doi.org/10.14295/transportes.v29i1.1977

Edição

Seção

Artigos