Análise de benefícios econômicos de ciclovias usando o modelo HDM-4 - estudo de caso para o município de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.14295/transportes.v30i2.2695Palavras-chave:
Ciclovias, Tráfego não motorizado, Modelo HDM-4, Custos de operação veicular, RentabilidadeResumo
Além dos estudos técnicos, as ciclovias devem ser produto de políticas de planejamento e investimento considerando a capacidade dos projetos de gerar benefícios socioeconômicos, implementando análises objetivas de políticas relevantes para a viabilidade de projetos de implantação de ciclovias exclusivas. Neste artigo o modelo de Tráfego Não Motorizado (NTM) do software HDM-4 (Highway Development and Management Model 4) é aplicado para a análise de diferentes alternativas de ciclovias, avaliando aspectos como a demanda atual e potencial de ciclistas, a velocidade de operação, custos de capital e perfil econômico dos usuários de bicicletas. A combinação dessas variáveis leva a alternativas técnicas e econômicas cuja análise resulta em diferenças relevantes em seus indicadores de rentabilidade. As análises foram realizadas considerando dois cenários; o primeiro compreende a análise da rentabilidade de alternativas estruturadas com diretrizes normativas que, em termos de agilidade, representam condições ideais de operação; o segundo cenário consiste em uma avaliação mais realista para a cidade de São Paulo, considerando restrições de velocidade e diversificando o perfil do usuário de acordo com a renda per capita das principais regiões da cidade. Os resultados refletem a diversidade inter-regional sobre a conveniência de projetos de ciclovias com base apenas nos benefícios monetários de tempos de viagem reduzidos.
Downloads
Referências
AASHTO (2012) Guide for Development of Bicycle Facilities. American Association of State Highway and Transportation Officials. Washington D.C.
ABRACICLO (2018) Anuário da Industria Brasileira de Duas Rodas. São Paulo. Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. Disponível em: <https://www.abraciclo.com.br/site> (Acesso em: 15/11/2019).
BCB Taxa Selic. Banco Central do Brasil. Disponível em:<https://www.bcb.gov.br/> (Acesso em: 15/11/2019).
BID (2015) Ciclo-Inclusión en América Latina y el Caribe. Biciudade. Banco Interamericano de Desenvolvimento. Disponível em: <https://publications.iadb.org > (Acesso em: 25/05/2018).
Basilio, A. L. (2017) Lei sancionada por Doria põe em xeque ciclovias e ciclofaixas. Carta Capital. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/sociedade/lei-sancionada-por-Doria-poe-em-xeque-ciclovias-e-ciclofaixas/> (Acesso em 18/07/2018).
Bennett, C. R. e I. D. Greenwood (2000) Modelling Road User and Environmental Effects in HDM- 4. Volume 7, Birmingham.
Brilhante, P. S. (2012) Análise de fatores que influem no uso da bicicleta para fins de planejamento cicloviário. Tese (Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. São Carlos.
Chopra, T.; M. Parida; N. Kwatra e J. Mandhani (2017) Development of Payment Maintenance Management System (PMMS) of Urban Road Network Using HDM-4 Model. International Journal of Engineering and Applied Sciences, v.9, n. 1, p. 14-31. DOI:10.24107/ijeas.286473.
CET (2019) Contagens Automáticas. Companhia de Engenharia de Tráfego. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/contadores-de-bicicletas> (Acesso em: 15/10/2019).
CET (2019) Contagens Manuais. Companhia de Engenharia de Tráfego. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/contadores-de-bicicletas> (Acesso em: 15/10/2019).
CET (2020) Plano Cicloviário do Município de São Paulo 2019-2028. Companhia de Engenharia de Tráfego. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/media/1100812/Plano-Ciclovia%CC%81rio_2020.pdf> (Acesso em: 01/08/2021).
CET (2021) Mapa de Infraestrutura Cicloviária. Companhia de Engenharia de Tráfego. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/mapa-de-infraestrutura-cicloviaria.aspx>. (Acesso em: 01/08/2021).
Ciclocidade (2016) Perfil de quem usa a bicicleta na cidade de São Paulo. Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo e Transporte Ativo. São Paulo. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/estudos/224/perfil-de-quem-usa-bicicleta-na-cidade-de-sao-paulo.html> (Acesso em: 15/10/2018).
Ciclocidade (2018). Contagens de Ciclistas. Disponível em:<https://www.ciclocidade.org.br/contagem> (Acesso em: 08/10/2019).
DNP (2017) Subdirección Territorial y de Inversiones Públicas - Construcción de Cicloinfraestructura y Servicios Complementarios. Departamento Nacional de Planeación. Bogotá.
DPTI (2015) Guide to Bikeway Pavement Design, Construction and Maintenance for South – Australia. Department of Planning, Transport and Infrastructure, Safety and Service Division, Adelaide.
Gueller, V. E. (2012) Aplicação de Modelo Tavakoli para Gerência de Manutenção de Pavimentos para Cidade de Médio Porte. Dissertação (Mestrado), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo.
IDU (1999). Manual de Diseño de Ciclorrutas. Instituto de Desarrollo Urbano. Bogotá.
IDU (2009). Evaluación de Costos de Usuarios de acuerdo con las Intervenciones que desarrolla el Instituto en Bogotá. Instituto de Desarrollo Urbano. Bogotá.
IPTD (2017). Guia de Planejamento Cicloinclusivo. Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento. Disponível em: < https://itdpbrasil.org/guia-cicloinclusivo/> (Acesso em: 30/05/2018).
Kerali, H. G; J.B. Odoki e E.E. Stannard (2000) HDM-4: Highway Development and Management. Volume One: Overview of HDM-4. Association Mondiale de la Route, París.
Krizek, K. J.; G. Barnes; G. Poindexter; P. Mogush e K. Thompson (2006) NCHRP REPORT 552 Guidelines for Analysis of Investments in Bicycle Facilities. Transportation Research Board. Washington, D.C. DOI 10.17226/13929.
Kumar, A. (2012) Calibration of HDM-4 for Urban Road Network. MSc Thesis, Department of Civil Engineer, Indian Institute of Technology, Roorkee.
METRÔ (2019) OD Pesquisa Origem Destino 2017 50 anos. Relatório Sínteses. Companhia do Metropolitano de São Paulo. Secretaria dos Transportes Metropolitano, São Paulo.
Ministério da Economia do Brasil (2020) Nota Técnica Taxa social de desconto para avaliação de investimentos em infraestrutura: atualização pós consulta pública.
Odoki, J.B. e H. G. Kerali (2005) HDM-4: Highway Development and Management, Volume 4, Part E, Analytical Framework and Model Description, Birmingham.
PADECO (1996) Non-Motorized Transport (NMT) Modeling in HDM-4. Draft Final Report prepared for World Bank Transportation, Water and Urban Development Department. PADECO, Co., Ltd., Washington, D.C.
Prefeitura do Município de São Paulo (2015) Plano de Mobilidade de São Paulo (PlanMob 2015). Secretaria Municipal de Transportes, São Paulo.
Prefeitura do Município de São Paulo (2017) Lei municipal Nº 16.738 de 7 de novembro de 2017. Altera a Lei nº 14.660 de 06 de fevereiro de 2007. Disponível em: <http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-16738-de-7-de-novembro-de-2017> (Acesso em: 08.09.2019).
SEADE (2020). São Paulo diversa: uma análise a partir de regiões da cidade. Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, Secretaria de Governo, São Paulo. Disponível em: <https://www.seade.gov.br/wp-content/uploads/2020/01/Pesquisa-SEADE_Aniversario-SP_23jan2020.pdf > (Acesso em: 30/11/2020)
Ministério das Cidades (2007) Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades. Programa Bicicleta Brasil, Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Brasília
Wang, G.; C. AMacera; B. Scudder; T. Schmid, M. Pratt e D. Buchner (2004) Cost effectiveness of a bicycle/pedestrian trail development in health promotion. Elsevier B.V. Science Direct. v.38, n. 2, p. 237-242. DOI:10.1016/j.ypmed.2003.10.002.
Yogesh, S. U.; S. S. Jain e T. Devesh (2016) Adaptation of HDM-4 Tool for Strategic Analysis of Urban Roads. Transportation Research Procedia, v.17, p. 71 – 80. DOI: 10.1016/j.trpro.2016.11.062
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Luisa Fernanda Arango Álvarez, Jose Tadeu Balbo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um manuscrito para publicação neste periódico, todos os seus autores concordam, antecipada e irrestritamente, com os seguintes termos:
- Os autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista TRANSPORTES o direito de primeira publicação do manuscrito, sem nenhum ônus financeiro, e abrem mão de qualquer outra remuneração pela sua publicação pela ANPET.
- Ao ser submetido à Revista TRANSPORTES, o manuscrito fica automaticamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da publicação inicial nesta revista, desde que tal contrato não implique num endosso do conteúdo do manuscrito ou do novo veículo pela ANPET.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) depois de concluído o processo editorial. Como a Revista TRANSPORTES é de acesso livre, os autores são estimulados a usar links para o site da Revista TRANSPORTES nesses casos.
- Os autores garantem ter obtido a devida autorização dos seus empregadores para a transferência dos direitos nos termos deste acordo, caso esses empregadores possuam algum direito autoral sobre o manuscrito. Além disso, os autores assumem toda e qualquer responsabilidade sobre possíveis infrações ao direito autoral desses empregadores, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.
- Os autores assumem toda responsabilidade sobre o conteúdo do trabalho, incluindo as devidas e necessárias autorizações para divulgação de dados coletados e resultados obtidos, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.
